Uma das principais vantagens é melhorar a comunicação, porque quando ensinamos exercícios como: “senta”, “vem”, “fica”, “não”, “deixa” e “aqui” o cão sabe o que você espera dele. Construímos, assim, uma forma clara e respeitosa de interação entre tutor e cachorro.
A educação pet previne e também melhora comportamentos indesejados que já estão acontecendo. Desde os mais comuns – como quando os cães pulam nas pessoas, puxam no passeio, interagem mordendo, destroem móveis e objetos, latem excessivamente e não têm educação sanitária – até as questões mais complexas, como a reatividade, agressividade e ansiedade por separação.
A verdade é que educar um cão é sobre se responsabilizar pelo bem-estar dele e vai muito além dos comandos. Gostamos de dizer que não ensinamos pets, mas sim as pessoas. Porque em todos os desafios o problema mora na falta de conhecimento sobre as necessidades básicas dos animais.
Mesmo que eles estejam próximos de nós há milhares de anos, eles continuam sendo animais. Cachorro tem que cheirar, cavar, correr, explorar, morder (direcionada a mordidas nos brinquedos). Durante o processo de educação, muitos tutores passam a ter mais consciência sobre essas questões.
Também entendem a importância de manter uma rotina de atividades e brincadeiras, ter tempo de qualidade com o peludo, manter uma rotina alimentar e dieta saudável, buscar formas de enriquecer o ambiente e estimular o animal cognitivamente. E, ao contrário do que muita gente pensa, todos os cachorros são capazes de aprender, filhotes e idosos, sempre respeitando os limites de cada um.
Pedro Fontoura – biólogo comportamentalista e educador pet.