Microchips para cães: entenda como funcionam!

Os microchips para cães já são uma realidade e quem quiser viajar para alguns locais do mundo na companhia do seu melhor amigo precisa providenciar esta forma de identificação (além de outros requisitos). Em muitas cidades brasileiras, cães e gatos abandonados precisam ser microchipados antes da doação.

Mesmo assim, muitos tutores não conhecem as vantagens dos microchips e ainda não estão convencidos se devem ou não implantar em seus cães. A seguir, relacionamos as características e funcionalidades dos microchips para cachorros, para eliminar todas as dúvidas.

Vale lembrar: nas viagens internacionais, além da identificação eletrônica, os tutores precisam providenciar a atualização das imunizações e ter em mãos um atestado de saúde recente, além de outras exigências que variam de acordo com o país visitado. No dia a dia, o microchip é utilizado basicamente para a procura de pets perdidos.

O que é o microchip para cães?

O microchip é um dispositivo minúsculo, implantado abaixo da pele dos cachorros, gatos e outros pets. Para os tutores interessados em animais de estimação importados, como um furão (ferret), todos eles precisam desta identificação eletrônica.

O equipamento traz informações sobre o pet, como nome, endereço e telefone de contato com o tutor. A leitura, que é indolor, é feita com scanners, presentes na maioria dos consultórios veterinários e serviços de resgate e abrigo.

O microchip é um minicircuito eletrônico do tamanho de um grão de arroz, envelopado em uma cápsula de biovidro cirúrgico que dispensa o uso de bateria. As informações gravadas permanecem à disposição durante toda a vida dos pets.

Desta forma, nos casos de fugas ou extravios, os animais recolhidos podem ser rapidamente identificados. Em algumas localidades brasileiras, estão sendo organizados bancos de dados com as informações dos pets acolhidos por ONGs e serviços governamentais.

Como funciona o microchip para cachorros?

O microchip serve para identificar animais abandonados, perdidos ou fugitivos. Quando eles são recolhidos das ruas, é possível acessar os dados dos tutores através de uma leitura rápida do equipamento (desde que o abrigo ou clínica esteja equipado com um scanner).

Através das informações obtidas, os serviços de resgate podem entrar em contato com os tutores rapidamente, poupando muita dor de cabeça (e desespero). O microchip para cães funciona como as plaquetas de identificação fixadas nas coleiras, com a vantagem de não haver risco de perda.

Trata-se de um dispositivo totalmente seguro. O microchip já vem sendo implantado há quase duas décadas em animais de estimação e há poucos relatos de prejuízos à saúde dos pets, todos relacionados a processos infecciosos preveníveis com a vacinação em dia.

Como é feita a implantação do microchip?

O microchip para cães é implantado sob a pele do pet, geralmente na região da nuca, com o auxílio de uma agulha intradérmica (o calibre é um pouco maior do que o de uma agulha para injeção de vacina). Basta uma picadinha e os tutores dos cachorros ou gatos já podem ser localizados.

O procedimento, que leva apenas alguns segundos, não requer anestesia, nem mesmo local. A implantação ocorre da mesma forma da aplicação das vacinas, com o pet no colo ou imobilizado pelos tutores. Cães a partir de dois meses, mesmo de pequeno porte, já podem receber o microchip.

Os animais de estimação podem ficar um pouco incomodados no momento da picada, mas a implantação do microchip não provoca nenhum efeito colateral. O equipamento fica posicionado logo abaixo da pele, acima da camada de gordura, e não provoca reações.

É possível rastrear os animais perdidos através do microchip?

O microchip de identificação não é equipado com sistema de GPS (geoposicionamento global). Desta maneira, não é possível rastrear um animal que tenha se perdido ou tenha sido abandonado. É apenas um sistema de informação de dados.

Para aumentar a segurança, os tutores podem incluir um rastreador GPS, que é instalado na coleira dos cachorros. Este sistema sem fio é conectado diretamente aos celulares dos responsáveis, permitindo a localização rápida.

Este sistema é bastante útil nos casos de animais extraviados, que podem ser localizados em qualquer lugar do mundo. Mesmo em viagens, os tutores podem mapear a localização dos pets através do monitoramento via satélite.

Vantagens e desvantagens do microchip

  • O custo médio da implantação do microchip subcutâneo é relativamente acessível: varia de R$ 150 a R$ 400 – o valor foi obtido em consultas a clínicas veterinárias particulares do Rio de Janeiro e em São Paulo.
  • O microchip isoladamente (sem o rastreador GPS) não garante a localização do animal perdido ou fugitivo. É preciso que ele seja recolhido das ruas e encaminhado para um serviço equipado com o dispositivo de leitura dos dados.
  • Ainda não existe um banco de dados unificado com os dados de animais (cães, na maioria) identificados através dos microchips. Os tutores precisam procurar informações sobre o paradeiro em serviços públicos, ONGs, etc.
  • Não é necessário recarregar o microchip de identificação, nem proceder a manutenções ou atualizações. Ele é projetado para uma vida útil de até cem anos – bem mais do que nós e nossos peludos vivem. O material para a produção é biodegradável e, na verdade, ele só é ativado durante as leituras com scanners.
  • Já o rastreador GPS pode ser usado como localizador universal, em buscas ativas por animais extraviados. Ele pode ser usado em celulares equipados com sistema Android e IOS. A rede funciona sem fios, via satélite.
  • Alguns modelos de rastreadores precisam ser recarregados de tempos em tempos. Os tutores devem optar por coleiras resistentes à água e a eventuais mordidas. Quem encontra um animal perdido pode acessar os tutores em alguns modelos.
  • Os preços dos rastreadores GPS variam de R$ 80 a R$ 200 (valores obtidos em pesquisa nas pet shops digitais), de acordo com as funcionalidades. Alguns planos de saúde oferecem tanto a microchipagem quanto a oferta de rastreadores.

Não existem estatísticas oficiais, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja mais de 30 milhões de cães e gatos abandonados e perdidos vivendo nas ruas do Brasil. O microchip de identificação tem ajudado a recuperar centenas de pets extraviados nos últimos anos. Resta aos tutores responsáveis reivindicar das autoridades brasileiras a organização de um banco de dados unificado, para reduzir ao máximo os casos de perdas e fugas.

Fonte: Cães Online

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