Erros que encurtam o tempo de vida dos cachorros

Em média, os cachorros vivem bem menos do que os humanos e muitos tutores já se perguntaram o motivo para isso. Alguém com alma de poeta explicou que “eles vivem menos porque já nascem sabendo amar, enquanto nós precisamos aprender”. Veja os erros que encurtam o tempo de vida dos cachorros.

Com certeza, nenhum tutor quer conscientemente reduzir o tempo de vida e a convivência com os cachorros. Algumas desatenções, no entanto, acabam tirando alguns dias e semanas de vida dos peludos. Somadas, elas fazem uma grande diferença.

São pequenos “escorregões” nos cuidados com os animais de estimação. Alguns deles podem levar a problemas de saúde, outros à exposição desnecessária a acidentes e traumas que, mesmo não sendo fatais, encurtam o tempo de vida.

01. Escolher qualquer ração

Muitos tutores escolhem a ração em função do preço, sem atentar para as necessidades nutricionais dos cachorros. Este erro pode causar uma série de deficiências, especialmente de sais minerais e vitaminas.

Certamente, nem sempre é possível comprar as rações “super premium”, as mais caras disponíveis no mercado. Adotar um cachorro é comprometer-se no longo prazo, e é preciso ter em mente que os peludos dão trabalho e exigem gastos com comida, brinquedos, cuidados médicos, etc.

Mas não é necessário optar pelos produtos com preços exageradamente altos. Assim como ocorre com outros artigos de consumo, muitas vezes se paga mais caro em função do prestígio os produtos – é o caso, por exemplo, de algumas rações “de grife”.

Os tutores devem ler os rótulos e verificar que os alimentos são capazes de suprir as necessidades nutricionais do cachorro, de acordo com a idade, sexo, porte, nível de atividade física e, eventualmente, com alguns problemas de saúde.

Por exemplo, rações para filhotes devem ser ricas em minerais como cálcio, potássio e fósforo, que fortalecem ossos e músculos, garantindo o desenvolvimento físico adequado. Para os idosos, no entanto, o fósforo em excesso pode causar problemas nos mesmos tecidos, prejudicando a saúde.

Na dúvida, os tutores devem verificar as melhores opções com o veterinário que atende os cachorros. Estes profissionais podem indicar as melhores rações, levando em consideração a disponibilidade financeira da família.

Outra questão importante: cores e formatos podem ser muito atraentes para os humanos, mas quase nunca fazem diferença para os cachorros. Além disso, algumas cores nas rações são obtidas através de corantes sintéticos, que podem ser prejudiciais.

De acordo com o estilo de vida dos tutores, os cachorros podem até receber uma dieta vegetariana. Apesar de serem animais preferencialmente carnívoros (na natureza, eles caçam as presas, mas complementam a alimentação com raízes, folhas e frutas), eles podem se adaptar a rações e comidas caseiras preparadas apenas com vegetais.

Neste caso, atingir o equilíbrio nutricional fica um pouco mais difícil. Existem veterinários especializados em alimentação natural para cachorros. Vale lembrar que eles nunca serão veganos, porque o veganismo é um estilo de vida humano, mas podem se desenvolver normalmente, caso este seja o desejo dos tutores.

Com relação à alimentação caseira, os tutores precisam ter em mente que o processo é trabalhoso e demanda vários processos. A comida deve ser fresca, para não perder os nutrientes – e isso significa passar um tempinho na cozinha diariamente, para preparar as refeições dos peludos.

Na internet, é possível encontrar receitas de alimentos caseiros para cães, que quase sempre incluem alguma fonte de proteína animal e a adição de vegetais, para fornecer os micronutrientes necessários. Antes de adotá-las, no entanto, é importante consultar a opinião de um especialista.

02. Dar comida feita para humanos

Ainda em alimentação, muitos tutores costumam oferecer comida feita para humanos aos cães. É importante ter em mente que as necessidades alimentares são diferentes – somos de espécies diferentes! – e, mesmo quando um peludo parece suplicar por um quitute humano, ele terá melhor qualidade de vida se receber apenas rações e petiscos específicos.

Há algumas décadas, muitos cachorros eram alimentados com restos das nossas refeições. No curto prazo, os resultados eram dermatites, alergias e perda de pelos. Além disso, as irritações de pele obrigavam os cachorros a lamber e morder patas, cauda e orelha, causando pequenos ferimentos, que funcionam como porta de entrada para micro-organismos patogênicos.

A compra da ração deve ser incluída no orçamento doméstico. Diversos temperos e condimentos muito comuns na nossa culinária são prejudiciais aos cachorros. É o caso, por exemplo, de sal, cebola e alho.

Nenhum desses três ingredientes deve ser usado para cães, mesmo aqueles que recebem comida caseira. O sal de cozinha é absolutamente desnecessário para os peludos e prejudica a circulação sanguínea e as funções renais e hepáticas.

Já o alho e a cebola, ambos ricos em alicina (os dois bulbos pertencem à mesma família vegetal, Allium) e tiossulfatos, são altamente tóxicos para os cães. Eles destroem os glóbulos vermelhos do sangue e causam anemia em curto prazo.

Outros alimentos humanos vetados para os cães são: o chocolate, as frutas com sementes, as frutas gordurosas (como abacate e coco), uvas de qualquer espécie (inclusive passas), café, frituras, leite e derivados.

Entre os problemas, eles causam diarreias, vômitos, flatulência e até mesmo intoxicações mais graves, que podem levar à descoordenação motora, desorientação, vertigens, convulsões, desmaios e a morte. Tudo depende da quantidade e da frequência.

03. Não passear

Na correria do dia a dia, muitos tutores não têm tempo para passear com os cachorros. Naturalmente, “pular” um dia ou outro, por causa dos compromissos ou mesmo das condições climáticas, não prejudica os animais, mas, como regra, a caminhada diária é uma necessidade básica.

Os cachorros devem começar a passear diariamente duas semanas depois de receber as doses de reforço das primeiras vacinas (antirrábica, múltipla, etc.). nesse momento, o sistema imunológico já está fortalecido para combater eventuais infecções virais ou bacterianas.

As caminhadas são necessárias para fortalecer ossos, músculos e articulações. A atividade também é importante para fortalecer e condicionar o sistema cardiorrespiratório e vascular dos peludos.

O ritmo e a duração dos passeios está condicionado às condições gerais dos cachorros. Adultos saudáveis podem caminhar, correr, saltar obstáculos, etc. por 40 minutos diários. A atividade física pode ser ainda mais intensa para cães atletas, que treinam natação, agility e tração, por exemplo.

A carga de exercícios físicos deve aumentar gradualmente, para que o organismo canino se acostume ao esforço. Os filhotes, idosos, grávidas, convalescentes de doenças cirurgias e traumas, portadores de doenças crônicas e grávidas devem ter os exercícios atenuados, mas não interrompidos.

Além dos aspectos relacionados à saúde física, as caminhadas diárias são importantes também para o equilíbrio emocional dos cachorros. É no contato com outros humanos e cachorros, nas ruas, que eles aprendem a superar os medos, descobrem que nem todo estranho é um inimigo, compreendem as relações cotidianas com vizinhos, etc.

Explorar o mundo é uma atividade comum aos cachorros. Eles gostam de descobrir coisas, entender como funcionam. Os tutores devem ficar atentos apenas a algumas condições: não passear nas horas mais quentes (no verão) ou frias (no inverno) , não exigir esforços para animais pequenos, doentes ou convalescentes, verificar a temperatura do piso, etc.

Além das caminhadas diárias, os tutores também precisam reservar algum tempo para as brincadeiras e o adestramento. Todo cachorro deve aprender pelo menos os comandos básicos (“sim”, “não”, “fica”, “junto”, etc.) e, em alguns momentos do dia, brincar com uma bolinha, um graveto ou mesmo uma mangueira d’água são importantes para o equilíbrio físico e mental.

Passeios e brincadeiras também são importantes para fortalecer os elos entre os tutores e os cachorros. As atividades fortalecem os vínculos e, para os peludos, se tornam fatores para o aprendizado (além de eventuais ajustes e correções). Para os tutores, é um bom momento para aliviar as tensões e relaxar.

Fonte: Cães Online

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