Quando temos um gato, cão ou outros tipos de animais de estimação, temos um compromisso com a vida deles, por se tratarem de bichinhos indefesos e que não têm muita expertise em cuidar de si próprio como os animais que vivem na natureza.

A atenção com a saúde deles deve ser redobrada quando não há problema aparente ou detectável por meio de exames físicos. E nesses casos, a melhor solução é o exame de coleta de sangue, pois com ele é possível detectar diversos tipos de doenças através das diversas formas de avaliação, são elas:

• Hematológica: a quantidade dos principais tipos de células sanguíneas (hemograma). Variações na quantidade de determinadas células de defesa podem ser indício de possível infecção, por exemplo. Também pode detectar anemias, dentre outras condições clínicas.
• Bioquímica: análise das substâncias presentes no sangue a partir de reações químicas.
• Hormonal: tipo e a quantidade de hormônios circulantes no sangue.
• Imunológica: avaliação dos componentes imunológicos do sangue.
• Toxicológica: importantes para identificar a presença de substâncias estranhas e potencialmente perigosas aos animais. Como exemplo, nos casos de intoxicação de animais por plantas.
• Molecular: detecta padrões do DNA e RNA do paciente ou de possíveis agentes infecciosos presentes em sua corrente sanguínea.

Confira o que a Dra. Giulia Loschiavo, veterinária, falou sobre o assunto:

“Através do exame de sangue a gente consegue direcionar vários tratamentos, entender se tem alguma alteração ou se precisa de algum outro exame ou não. O exame de sangue, inclusive o regular, é super importante para fazer check-up, para entender e saber se os animais estão bem, se estão precisando de algo a mais ou para ter certeza de que está tudo certo com eles.”

Outro ponto principal quando da coleta de material para check Up é que se trata de um momento bastante crítico para gerar os resultados veterinários. E como é um procedimento pouco invasivo, que implica na manipulação, contenção e indução de dor no animal, devido à picada da agulha, deve haver um preparo antecessor ao exame, para que o nível de estresse dos animais durante as coletas sejam minimizados. 

“Em relação ao preparo do exame, diferente dos humanos, não é obrigado estar em jejum, mas é preferível que os animais estejam com 8 horas de jejum para alimentos e 2h de jejum para líquidos, pois pode gerar alguma alteração nos exames e também para que os animais não tenham passado por uma atividade física de alta intensidade ou alguma situação de estresse, pois isso pode gerar alguma alteração”, contou a Dra Giulia.

E em relação aos gatos, animais com maior temperamento devido à sua natureza de proteção e cuidado, a atenção no preparo deve ser redobrada, segundo a Dra Giulia, pelo seguinte motivo:

“Em relação aos gatos, a gente tem uma situação que chamamos de leucograma de estresse, no qual quando os gatos estão muito estressados, eles podem ter várias alterações no exame de sangue que não estão relacionados com nenhuma afecção ou com nenhuma doença. É só o fato de estarem estressados que pode gerar uma alteração.”

Sendo assim, é muito importante que os animais estejam sempre calmos e em um ambiente tranquilo, pois o espaço e a forma da coleta devem ser totalmente propícios para gerar maior conforto para os pets. Desse modo o procedimento se torna simples e gera os resultados certos sem interferências de fatores externos.

Fonte: Due Amici