Dois cães da raça pinscher foram resgatados de um carro que estava estacionado sob um céu ensolarado e ambiente com temperatura de 37°C no Santuário Nacional de Aparecida, interior de São Paulo. Um dos cães, um filhote, estava desfalecido no veículo e o outro estava com a temperatura corporal elevada.
Não tinha água ou ventilação no veículo em que os pets foram deixados enquanto seus tutores estavam visitando o santuário.
Para tirar o animal do sofrimento, romeiros que estavam indo em direção ao local chamaram a polícia. Os policiais enviados para o resgate precisaram quebrar o vidro do veículo para salvar os cães.
“Foi necessário estourar o vidro traseiro do veículo para a retirada dos cachorros de raça pinscher. Um filhotinho, de aproximadamente três meses, já estava desfalecido devido à alta temperatura”, diz a nota da Polícia Militar de São Paulo.
Após o resgate, os animais foram prontamente hidratados e encaminhados a um hospital veterinário.
O abandono de animais em condições precárias é considerado maus-tratos e seus turores foram encaminhados ao Distrito Policial do município. O caso foi registrado como prática de abuso a animais na Delegacia de Aparecida.
“É rapidinho”
Alguns tutores costumam deixar seus animais em carros enquanto passam pela rotina cotidiana. Uma ida ao mercado, à academia ou ao banco podem parecer percursos rápidos para quem está realizado, mas o pet pode sofrer consequências quando abandonado dentro do carro.
E, sim, deixar o animal sem acompanhamento em um carro, durante longo período, pode ser considerado abandono. Principalmente se o pet estiver em condições insalubres, como na história citada acima.
O pet pode apresentar dificuldade para respirar por conta do superaquecimento interno do veículo em dias quentes. Dentro do carro, a temperatura se eleva por conta do ambiente abafado e da falta de ventilação, mesmo quando há janelas parcialmente abertas.
Com o excesso de calor, o animal começa a hiperventilar para reduzir a temperatura corporal. Contudo, a hiperventilação feita com a boca aberta faz com que o pet desidrate ainda mais rápido. O aumento excessivo da temperatura corporal do pet, conhecido como hipertermia, pode evoluir para uma parada cardiorrespiratória, que pode acabar com a vida do animal.
Fonte: Folha de PE