O animal de assistência emocional é um tipo de pet que muda uma vida literalmente, fazendo que uma simples amizade entre tutor e animal transcenda e alcance proporções únicas e experiências inigualáveis.
Pets assistenciais são complexos e frequentemente confundidos com pets de serviços, como cães-guias.
Esse erro é compreensível se você ainda não sabe o que significa ter um pet de assistência emocional no seu dia a dia e a importância disso.
No entanto, passar esse e outros erros adiante compromete o tratamento dos animais de assistência emocional e gera ainda mais dificuldade para promover esse tipo de pet que é tão importante e necessário.
O que é o animal de assistência emocional?
O animal de assistência emocional é um pet que faz parte de um tratamento de doenças psíquicas e crônicas, melhorando a qualidade de vida do tutor.
Uma vez que o animal seja inserido ao dia a dia, o tutor passa a ter dependência diária e materializa no pet um conforto único.
Essa prática é chamada de terapia assistida por animais (TAA) e está presente no País desde 1990 e em outros lugares do mundo há muito mais tempo. Justamente por essa longa data, existem estudos que apontam o pet responsável por evoluções significativas.
Segundo uma reportagem da revista Superinteressante, ter um animal de assistência emocional ajuda no tratamento do autismo, esquizofrenia, psicose, paralisia cerebral, depressão, ansiedade, etc.
Isso tudo por conta do afago entre tutor e pet, que cria um processo nos neurotransmissores ligados ao bem estar, aumentando os níveis de serotonina e dopamina, responsável pela alegria.
A importância do animal de assistência emocional
O animal de assistência emocional é extremamente importante por garantir um tratamento que apresenta resultados a longo prazo e pode ser acessível para qualquer paciente visto que basta apenas um pet. Além claro, de dimuir o uso de medicamentos controlados.
Considerando dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem aproximadamente 11,5 milhões de pessoas com depressão e todas essas pessoas estão aptas para ser um pai ou mãe de pet se o médico responsável assim permitir.
Ou seja, o pet de apoio emocional pode garantir uma melhora significativa para 11,5 milhões de brasileiros que sofrem de depressão.
Contudo, a legislação brasileira ainda não criou leis específicas em relação a esse tipo de pet e por isso ainda é difícil ver a medicina adotar a prática do TAA.
Que tipo de animal pode ser considerado de assistência emocional?
Não existe nenhuma restrição para qual tipo de animal pode ser considerado como apoio emocional, então todos estão aptos, mas vale ressaltar que a maioria das companhias aéreas aceita apenas o cão como um animal de assistência emocional.
Embora qualquer animal possa ser considerado um pet de apoio emocional, vale ressaltar que os animais não são simplesmente dados.
Pelo contrário, o pet é escolhido e na sequência passa por um tratamento prévio, aumentando ao máximo o potencial afetivo do pet junto ao tutor.
Isso tudo acontece porque antes de ser uma relação entre tutor e animal, o propósito do pet no dia a dia é terapêutico e por este motivo é necessário um cuidado prévio especial.
Ainda assim, esse treino não fica limitado apenas aos cães e gatos.
Inclusive, um tratamento comum é a equoterapia nos Estados Unidos e Europa, onde um paciente fica responsável por um cavalo e precisa realizar atividades que exploram lados educacionais e de saúde.
No Brasil, o mesmo tratamento é aprovado e recomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas por conta da falta de divulgação e legislação, a prática ainda é considerada incomum.
Quais são os direitos desse animal?
O animal de assistência social tem o direito ficar ao lado do dono de forma ininterrupta e ir em voos junto ao tutor gratuitamente.
Porém, os destinos são limitados e caso o pai ou mãe de pet queira levar o animal consigo para cidades ainda dentro do País, ele vai ser impedido por conta da falta de uma legislação. Assim, o pet fica submetido às regras gerais.
Em outros países, como Europa e os Estados Unidos, o pet de apoio tem direitos extras e uma facilidade ainda maior para embarcar em transportes.
Na Europa, por exemplo, o cão pode embarcar em um trem de maneira mais simplificada e descomplicada. uma vez que o Governo reconhece a importância e a necessidade que o tutor tem em manter o animal próximo.
Como viajar com os animais de assistência emocional
Para viajar com um animal de assistência emocional, você precisa estar atento às políticas de viagem das companhias aéreas e, dependendo do destino, não é preciso pagar nenhum valor.
Do mesmo modo, caso você vá a um destino que ainda não reconhece a importância do pet de apoio emocional, certamente o seu pet deve viajar de outra maneira, se encaixando nas regras gerais e padronizadas das companhias aéreas.
Além disso, vale mencionar que por conta da falta de uma legislação, os voos domésticos não aceitam pets assistenciais, excluindo o cão guia, e por isso devem embarcar dentro das regras das companhias aéreas.
Leis envolvendo o animal de assistência emocional
Você deve ter percebido que em alguns momentos ao longo deste artigo foi falado que o animal de assistência emocional fica impedido de evoluir e chegar para mais pessoas por conta da falta de uma legislação.
Na Europa, por exemplo, o pet de apoio emocional era aceito por diversas cias aéreas, porém agora não é mais possível embarcar direto do Brasil nesta modalidade.
Um exemplo mais próximo, os Estados Unidos os animais saindo do Brasil eram aceitos como assistentes emocionais, porém as regras mudaram em 01/02/2021, não sendo mais permitido o embarque nesta modalidade direto do Brasil.
A tendência é que cada vez mais, as cias aéreas dificultem o embarque de animais de Assistência Emocional, obrigando o tutor a realizar o serviço de Carga Viva, que é muito mais rentável para eles.
Se novas regras e medidas fossem criadas para facilitar o embarque de animais, o turismo pet, que previu um faturamento de 36,2 bilhões de reais em 2019 de acordo com o Instituto Pet Brasil, poderia alavancar ainda mais e, principalmente, tutores que enfrentam graves doenças seriam incentivados a viajar mais vezes.
Fonte: Pet Friendly Turismo