14 dicas para seu cão viver mais

É uma pena que tenhamos que nos despedir de nossos filhotes depois de 12, 13 anos. Quem dera pudéssemos garantir mais 40, 50 anos para eles, para que nos acompanhassem por toda a vida…

Enquanto não descobrimos uma forma de fazê-los “durar para sempre”, podemos tomar alguns cuidados para que vivam o máximo possível, bem e felizes. Algumas dicas são simples e parecem óbvias, outras dão um pouco mais de trabalho, mas será que não vale a pena se dedicar à saúde dos nossos peludos para que possamos aproveitar desse amor tão grande?

1) Algumas raças vivem menos que outras

A escolha de um amigo de quatro patas é quase sempre pautada pelo amor e uma ligação instantânea que acontece com o serhumaninho, mas, para quem se preocupa com longevidade, é bom saber que geralmente cães de pequeno porte vivem mais que os de médio porte, e cães de médio porte vivem mais do que os de grandões. Além disso, algumas raças são mais pré-dispostas a desenvolver doenças e precisam de maior supervisão durante a vida para podermos nos antecipar à possíveis canceres, disfunções cardíacas, problemas renais etc.

Os amados vira-latas costumam ter uma expectativa de vida ainda maior que os cães de raça, principalmente se estão saudáveis quando são adotados.

2) Gordinhos são lindos, mas menos saudáveis

Regra que vale para humanos e peludos. A obesidade traz uma grande quantidade de problemas de saúde para o indivíduo, dificuldade de locomoção e de recuperação caso seja necessária uma cirurgia. Quanto mais magrinho e ativo maior as chances do seu bichinho viver, pelo menos, mais dois anos que a média. Um detalhe importante é que a grande maioria dos donos de peludos não acha que seu “bebê” está acima do peso, mesmo quanto eles estão visivelmente gordinhos. Então, aceite o diagnóstico do veterinário e não fique chateado quando a amiga falar “noooossa, tá gordinho esse bicho, hein?” (tá bom, fique brava sim, mas considere que seu peludo está mais do que “fortinho”). Elimine o compartilhamento de comida humana e reduza a quantidade de petiscos, afinal, um petisco é praticamente a mesma coisa que comer uma barra de chocolate.

3) Escovar os dentes e o pelo faz toda a diferença, acredite!

Nós sabemos, todo mundo tem preguiça de escovar os dentes do cão ou gato todos os dias, mas, vai por mim, este é um dos grandes segredos para uma vida muito mais saudável e longa. A má higiene bucal pode levar à placa bacteriana, gengivite e, eventualmente, à doença periodontal, uma infecção bacteriana da boca que tem sido associada a doenças cardíacas e danos a órgãos em cães e gatos, principalmente aos rins. Gengivas vermelhas, inchadas ou que sangram facilmente são indicações de que podem estar infeccionadas ou com doença grave. Aliás, bafo de onça já é um sinal de que a escovação não está lá essas coisas. Se você conseguir escovar apenas uma vez por semana a boca do peludo, recorra à ajuda de produtos que amolecem o tártaro e dificultam a formação da placa bacteriana.  Existem produtos muito bons e eficazes no mercado, sem falar em brinquedos próprios para roer.

Examinar a boca do seu peludo é superimportante, pois saber o que é normal ajudará você a identificar rapidamente algo que seja anormal. Quanto mais cedo você pegar um crescimento ou anomalia oral, mais cedo ele pode ser tratado antes de se tornar um câncer e se espalhar – um tipo de câncer muito agressivo surge comumente na boca dos nossos amigões.

4) Passeios diários diminuem estresse e aumentam a longevidade de vocês dois.

Vinte minutos todo dia é melhor do que um loooongo passeio só no fim de semana. Mesmo que seu cão seja pequenino e acostumado a ficar em casa, passeios diários são importantíssimos para a saúde física e mental dele. Passear é dar a oportunidade de o peludo experimentar e usar suas habilidades inatas. Sentir cheiros e usar o faro, marcar território, ver outros cães e pessoas, tomar sol, ouvir novos sons à distância são formas de enriquecer a vida, diminuir a ansiedade e fazer um pouquinho de exercício. Você teria coragem de tirar esse prazer dele?

Mas cuidado para não abusar dos filhotes e cães com focinhos curtos. Essa turminha especial não deve ser forçada a andar demais e é muito importante evitar os horários mais quente do dia. Alguns sinais de que está muito puxado para seu amigão são: arfar e babar muito, respirar muito rápido, se jogar no chão recusando-se a continuar a caminhada, mostrar-se letárgico e com fraqueza. Neste caso, pare imediatamente e coloque seu amigão para descansar na sombra.

5) Nada de voltinhas pela rua por conta própria

“Ah, mas tadinho, ele gosta de dar a voltinha dele!”

Tudo bem, nós sabemos que no mundo ideal nossos filhos de pelos iriam passear pelos campos verdes, encontrar os amigos, dar uma volta e voltar para casa são e salvo, mas a realidade é outra. Estamos falando de conseguir que seu peludo viva mais e melhor, sair por aí sem supervisão não é a maneira de se conseguir isso. Nem precisamos falar dos riscos, né? Ser atropelado, espancado por gente ruim, brigar com outros animais, sofrer quedas, ser envenenado… Não é bom nem pensar!

6) Cuidado com o que você alimenta seu amigão. Invista na melhor ração que você puder. Use comedouros lentos para os mais esganados.

Não confie em qualquer receita miraculosa. Pergunte ao seu veterinário qual a melhor forma de alimentar seu amigo de quatro patas, qual a melhor ração ou receita caseira. O mercado já oferece uma grande variedade de comidinhas naturais prontas, congeladas ou enlatadas e rações de ótima qualidade.  Ofereça a melhor que seu orçamento permita e pesquise bastante. Cuidado extra se você for iniciar uma alimentação crua ou vegetariana, pois nem tudo que é adequado para humanos é adequado para cães e gatos. Uma alimentação saudável, equilibrada e de acordo com as necessidades do seu peludo é a base para todo o desenvolvimento do seu amigão, da infância à velhice. E se o seu cachorro é um aspirador de pó na hora de comer, invista em um comedouro lento que diminui as chances de ele ter uma torção gástrica que pode levá-lo a óbito em questão de horas.

7) Mantenha a mente ocupada. Evite estresse desnecessário – mas saiba que existe um estresse “bom”.

Jogos e brincadeiras são maravilhosos para manter cães e gatos em sua melhor forma física e mental. Brinque de jogar bolinhas, esconde-esconde, procurar petiscos, caçar o almoço. Enquanto é prudente evitar longos períodos completamente sozinho, barulho excessivo, ameaças de bater, gritos e sustos, existe uma dose de “estresse” benéfico que está ligado aos instintos naturais do seu amigo, principalmente com o instinto de caça. Usar brinquedos que liberam comida aos poucos é um tipo de estresse benéfico.  Deixar seu gatinho ficar olhando passarinhos na janela (com tela, por favor), ou caçar borboletinhas dentro de casa também é um estresse benéfico. Deixar o cachorro bater boca no portão é bom se for só um pouquinho e se não incomodar os vizinhos.

8) Gaste um pouquinho de dinheiro, mas faça uma visita anual de rotina no veterinário – principalmente depois dos 7 anos de vida.

Ir ao veterinário uma vez por ano não é tão caro assim e sai muito mais barato evitar do que enfrentar uma doença já avançada. O amigo vet vai olhar os dentes, ouvidos, olhos, pele e pesar seu bicho para saber se está indo tudo bem. A partir dos 7 anos, mesmo que seu bicho esteja saudável, vale a pena fazer um exame de sangue completo, ou outros exames que o doutor recomendar. Não espere para ir logo ver o que é aquela feridinha que não cicatriza, aquela verruga que não estava ali, ou aquele caroço que apareceu. Prevenção é a palavra-chave.

9) Vacinas e castração podem ser polêmicas, mas sem dúvida ajudam a machos e fêmeas viverem mais saudáveis.

Sim, muitas pessoas ainda possuem relutância em castrar seus animais, principalmente os machos, mas a castração é uma grande aliada na vida dos peludos e bichanos. Não são poucos os bichos que acabam tendo que passar por uma cirurgia de emergência, quando não são jovens, por conta de uma infecção no útero, câncer de mama ou um câncer na próstata. Vale a pena correr esse risco? Uma castração planejada é segura, a recuperação é rápida e você e seu amigo podem esquecer os problemas de cios chatos, fugas atrás de fêmeas e filhotes indesejados. Da mesma forma existe um debate grande a respeito da necessidade de dar todas as vacinas todos os anos nos cães e gatos. As vacinas são necessárias e é superimportante evitar que seu amigo de quatro patas pegue doenças que podem ser evitadas, principalmente a raiva. Converse com seu veterinário sobre as vantagens e riscos das vacinas em cães que já foram imunizados várias vezes enquanto jovens e siga as recomendações dele à risca.

10) Uma companhia de quatro patas? Que tal um gatinho com um cachorrinho?

Às vezes, quando a gente passa muitas horas do dia fora de casa, nossos peludos podem sofrer bastante com a angústia de ficar sozinhos e o tédio de não ter muito para fazer. Isso acaba gerando estresse que é a porta de entrada para doenças. Bichos que tinham companhia e perdem o companheiro, então… Um amigo de quatro patas para fazer companhia para o seu amigo de quatro patas pode ser uma fonte de alegrias, renovação de energia e de muitas brincadeiras. Se você não quer um outro cachorrinho, pense seriamente em adotar um gatinho – pare com esse preconceito bobo: gatinhos são criaturas adoráveis, carinhosos e muito divertidos. Gatos e cachorros podem se dar muito bem e a energia de um acaba equilibrando a do outro, tornando-os perfeitos. Dá só uma pesquisada nos vídeos maravilhosos de cães e gatos brincando.

11) Manter vermes, pulgas e carrapatos o mais longe possível.

Pulgas, carrapatos, vermes do coração e vermes intestinais podem trazer muito mais prejuízos para a saúde do peludo do que você imagina. Apesar de pequenos, esses parasitos transmitem doenças que podem ser um grande risco para a vida dos peludos. Use produtos repelentes e que eliminam essas pragas, sempre seguindo a orientação do seu veterinário e obedecendo as doses recomendadas.

12) Evite fumar no mesmo ambiente que ele, principalmente se estiver tudo fechado.

Cães, gatos e outros animais de estimação não conseguem eliminar as toxinas que vão parar nos pulmões quando inalam fumaça de cigarro, mesmo que seja de forma passiva, assim como acontece com humanos. Se você ou alguém da casa não consegue deixar de fumar, o que seria a melhor coisa para todos, pelo menos mantenha o ambiente bem ventilado, ou procure fumar em local externo, longe do bichinho.

13) Não deixe seu peludo do lado de fora sem abrigo, em lugar úmido.

Por mais simples e humilde que seja, seu cachorro merece uma casinha abrigada da chuva, vento e sol.  Um cantinho seco e confortável para que ele possa descansar e se abrigar quando o clima ficar desfavorável. Fora doenças, nada degrada mais rápido a saúde de um animalzinho do que ficar exposto ao tempo. Mantenha o cantinho dele limpo, troque constantemente os paninhos ou o material que forra o piso.  Seja um bom dono e cuide com amor extra os mais velhinhos. Mantenha a água fresca e limpa, sempre disponível. E, por favor, nunca, nunca, nunca deixe seu cão acorrentado.

14) Dê amor, muito, muito, muito amor, abraços e beijos 

Fonte: Bitcão – Por Cláudia Pizzolatto

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